terça-feira, 31 de julho de 2012

Santo Inácio de Loyola: Soldado de Cristo - 31 de Julho


Ele será um dia o defensor, o sustentáculo, o ornamento da Igreja; será reformador do mundo. Por ele, a luz do  Evangelho será levada às mais longínquas nações"  (testemunho do primeiro confessor de Santo Inácio).

Santo Inácio de Loyola: Fundador da Companhia de Jesus

Havia várias semanas que Inácio de Loyola, oficial espanhol, nascido em Biscaia, no ano 1491, esperava sua perfeita cura da perna, que tinha sido quebrada em 1521, por uma bala de canhão, no cerco de Pamplona. Já fora curada, mas mal; foi preciso quebrá-la de novo e consertá-la uma segunda vez.

Por fim, ficou curada; mas ele percebeu um osso que avançava demais, abaixo do joelho e lhe causava deformidade notável. Como queria conservar, a todo custo, uma perna bonita, mandou cortar o osso. Teve então que ficar de cama ainda várias semanas, embora gozasse de boa saúde. Com isso, ficou enfadado.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Igreja Católica foi fundada por Constantino?

 

Não, a Igreja Católica não foi fundada por Constantino.

O imperador Constantino, também conhecido como Constantino Magno (O Grande) ou Constantino I, nasceu em 274 e faleceu em 337, foi imperador durante 31 anos: de 306 a 337. Era filho de Constâncio Cloro e Helena, uma cristã que se tornou Santa Helena. Casou-se com Faustina, filha de Maximiliano Hércules.

No início século quarto, o cristianismo já estava espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe nobre e era muito perseguido pelos imperadores que tentavam a todo custo, com o poder das armas destruir o poder da fé, mas não conseguiam.

Após a morte do imperador Galério o poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia. 

Catecismo da Igreja Católica - Primeira Parte: A Profissão de Fé V - Creio em Deus

Catedral de São Tiago Maior - Santiago de Compostela, Espanha


Segunda Seção - A Profissão da Fé Cristã
 
(198 - 231)

Capítulo Primeiro - Creio em Deus Pai

198. A nossa profissão de fé começa por Deus, porque Deus é «o Primeiro e o Último» (Is 44, 6), o Princípio e o Fim de tudo. O Credo começa por Deus Pai, porque o Pai é a Primeira Pessoa divina da Santíssima Trindade; o nosso Símbolo começa pela criação do céu e da terra, porque a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus.

Artigo 1 - « Creio em Deus Pai Todo-Poderoso 
Criador do Céu e da Terra »

Parágrafo 1 - Creio em Deus

199. «Creio em Deus»: é esta a primeira afirmação da profissão de fé e também a mais fundamental. Todo o Símbolo fala de Deus; ao falar também do homem e do mundo, fá-lo em relação a Deus. Os artigos do Credo dependem todos do primeiro, do mesmo modo que todos os mandamentos são uma explicitação do primeiro. Os outros artigos fazem-nos conhecer melhor a Deus, tal como Ele progressivamente Se revelou aos homens. «Os fiéis professam, antes de mais nada, crer em Deus» (1).

domingo, 29 de julho de 2012

Catequese - XVII Domingo do Tempo Comum


Homilia do D. Henrique Soares da Costa – XVII Domingo do Tempo Comum – Ano B

XVII Domingo Comum
Jo 6,1-15
«Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galileia, que é o de Tiberíades. Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima. Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer. Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço. Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: “ Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?”. Disse Jesus: “Fazei o povo assentar-se”; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido. Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: “ Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo”. Jesus, vendo que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte». 

Laus Tibi Christe!


Salta à vista o tema do pão na liturgia de hoje: ele aparece claramente na primeira leitura e no evangelho e, de modo implícito, está presente também no salmo. Na tradição bíblia, o pão recorda duas coisas importantíssimas. Lembra-nos, primeiramente, que não somos auto-suficientes, não possuímos a vida de modo absoluto: devemos sempre renová-la, lutar por ela. 
 
O homem não se basta a si próprio; precisa do pão de cada dia. E aqui, um segundo importante aspecto: o homem não pode, sozinho, prover-se de pão: é Deus quem faz a chuva cair, quem torna o solo fecundo, quem dá vigor à semente. Assim, a vida humana está continuamente na dependência do Senhor. Portanto, meus caros, todos necessitamos do pão nosso de cada dia – e este é dom de Deus. “O que tens tu, ó homem, que não tenhas recebido? E, se recebeste, do que, então, te glorias?”

Desse modo, caríssimos irmãos em Cristo, Jesus, ao multiplicar os pães, apresenta-se como aquele que dá vida, que nos sacia com o sentido da existência – sim, porque não há vida de verdade para quem vive sem saber o sentido do viver! – Dá-nos, Jesus a vida física, a vida saudável, mas dá-nos, mais que tudo, a razão verdadeira de viver uma vida que valha a pena!
 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Catecismo da Igreja Católica - Primeira Parte: A Profissão de Fé IV - Os Símbolos da Fé

Catedral de Santo André Apóstolo - Patras, Grécia

Segunda Seção - A Profissão da Fé Cristã

(185 - 197)

Os Símbolos da Fé

185. Quem diz «Creio» afirma: «dou a minha adesão àquilo em que nós cremos». A comunhão na fé tem necessidade duma linguagem comum da fé, normativa para todos e a todos unindo na mesma confissão de fé.

186. Desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu e transmitiu a sua própria fé em fórmulas breves e normativas para todos (1). Mas bem cedo a Igreja quis também recolher o essencial da sua fé em resumos orgânicos e articulados, destinados sobretudo aos candidatos ao Batismo.
«Esta síntese da fé não foi feita segundo as opiniões humanas: mas recolheu-se de toda a Escritura o que nela há de mais importante, para apresentar na íntegra aquilo e só aquilo que a fé ensina. E, tal como a semente de mostarda contém, num pequeno grão, numerosos ramos, do mesmo modo este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contido no Antigo e no Novo Testamento» (2).
187. A estas sínteses da fé chamamos-lhes «profissões de fé», porque resumem a fé professada pelos cristãos. Chamamos-lhes «Credo», pelo fato de elas normalmente começarem pela palavra: «Creio». Igualmente lhes chamamos «símbolos da fé».

quarta-feira, 25 de julho de 2012

São Tiago Maior - 25 de Julho


PAPA BENTO XVI - AUDIÊNCIA GERAL - Quarta-feira, 21 de Junho de 2006


Tiago, o Maior

Queridos irmãos e irmãs!

Prosseguimos a série de retratos dos Apóstolos escolhidos diretamente por Jesus durante a sua vida terrena. Falamos de São Pedro e de seu irmão, André. Encontramos hoje a figura de Tiago. 

Os elencos bíblicos dos Doze mencionam duas pessoas com este nome: Tiago, filho de Zebedeu, e Tiago, filho de Alfeu (cf. Mc 3, 17.18; Mt 10, 2-3), que são comummente distinguidos com os nomes de Tiago, o Maior e Tiago, o Menor. Sem dúvida, estas designações não querem medir a sua santidade, mas apenas distinguir o realce que eles recebem nos escritos do Novo Testamento e, em particular, no quadro da vida terrena de Jesus. Hoje dedicamos a nossa atenção à primeira destas duas personagens homônimas.
 

Catecismo da Igreja Católica - Primeira Parte: A Profissão de Fé III - A Resposta do Homem a Deus

Basílica de Santa Maria Maior - Roma


Primeira Seção - «Eu Creio» – «Nós Cremos»

(142 - 184)


Capítulo Terceiro - A Resposta do Homem a Deus

142. Pela sua revelação, «Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele» (1). A resposta adequada a este convite é a fé.

143. Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador (2). A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (3).

Artigo 1 - Eu Creio

I. A obediência da fé

144. Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. Desta obediência, o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe é Abraão. A sua realização mais perfeita é a da Virgem Maria.

Abraão – O Pai de Todos os Crentes

145. A Epístola aos Hebreus, no grande elogio que faz da fé dos antepassados, insiste particularmente na fé de Abraão: «Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento de Deus, e partiu para uma terra que viria a receber como herança: partiu, sem saber para onde ia» (Heb 11, 8) (4). Pela fé, viveu como estrangeiro e peregrino na terra prometida (5). Pela fé, Sara recebeu a graça de conceber o filho da promessa. Pela fé, finalmente, Abraão ofereceu em sacrifício o seu filho único (6).

terça-feira, 24 de julho de 2012

Confissão



Dúvidas sobre a Confissão

1. Se Deus sabe tudo e sobre tudo, porque ele quer que confessemos?

Porque ele quer de nós um ato de vontade que demonstre que estamos realmente convencidos do nosso erro e arrependidos.

Quando se comete uma ofensa contra alguém (contra Deus inclusive), é preciso três coisas essenciais para obter o perdão, sem as quais o mesmo não é possível: Reconhecer o erro arrepender-se do erro e pedir perdão por ter cometido o erro. Ou seja: O fato de Deus saber que nós erramos não quer dizer necessariamente que nós reconheçamos isto, nem sequer quer dizer que nos arrependemos.

Agora, se estamos realmente arrependidos, e amamos a Deus, é necessário pedir desculpas a Ele, para que ele possa nos perdoar. E, é claro, se nós reconhecemos o nosso erro, estamos arrependidos, pedimos desculpas e fomos perdoados, devemos também desejar nunca mais cometer este ato que ofendeu a Deus. Isto significa que a confissão é o caminho mais perfeito para a conversão do coração.

domingo, 22 de julho de 2012

Catequese - XVI Domingo do Tempo Comum


Homilia do D. Henrique Soares da Costa – XVI Domingo do Tempo Comum – Ano B



30. Os apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. 31. Ele disse: “Vinde vós, sozinhos, a um lugar deserto e descansai um pouco”. Com efeito, os que chegavam e os que partiam eram tantos que não tinham tempo nem de comer. 32. E forma de barco a um lugar deserto, afastado. 33. Muitos, porém, os viram partir e, sabendo disso, de todas as cidades, correram para lá, a pé, e chegaram antes deles. 34. Assim que Ele desembarcou, viu uma grande multidão e ficou tomado de compaixão por eles, pois estavam como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35. Sendo a hora já muito avançada, os discípulos aproximaram-se dEle e disseram: “O lugar é deserto e a hora já muito avançada. 36. Despede-os para que vão aos campos e povoados vizinhos e comprem para si o que comer”.

Laus Tibi Christe!


Se pensarmos bem, caríssimos em Cristo, tudo quanto a Igreja tem para dizer ao mundo é Jesus: ele é a Palavra viva do Pai, ele é o Salvador e a Salvação, é a ele que a Igreja dirige continuamente o olhar e o coração, para contemplá-lo, escutá-lo e nele beber das fontes da vida e da paz! Pois bem: é de Jesus que a Palavra santa hoje nos fala – de Jesus Bom Pastor!


Em Israel, pastores do povo eram seus dirigentes: reis, aristocracia, sacerdotes, escribas, profetas. Infelizmente, de modo freqüente, esses eram pastores maus e infiéis, pois não faziam o que era de se esperar de quem apascenta: não amavam o rebanho, dele não cuidavam, com ele não se preocupavam. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Catecismo da Igreja Católica - Primeira Parte: A Profissão de Fé II - Deus ao encontro do homem

Basílica de São João de Latrão - Roma

Primeira Seção - «Eu Creio» – «Nós Cremos»

(50 - 141)

Capítulo Segundo - Deus ao encontro do homem

50. Pela razão natural, o homem pode conhecer Deus com certeza, a partir das suas obras. Mas existe outra ordem de conhecimento, que o homem de modo nenhum pode atingir por suas próprias forças: a da Revelação divina (1). Por uma vontade absolutamente livre, Deus revela-Se e dá-Se ao homem. E fá-lo revelando o seu mistério, o desígnio benevolente que, desde toda a eternidade, estabeleceu em Cristo, em favor de todos os homens. Revela plenamente o seu desígnio, enviando o seu Filho bem-amado, nosso Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo.


Artigo 1 - A Revelação de Deus

I. Deus revela o seu «desígnio benevolente»

51. «Aprouve a Deus, na sua sabedoria e bondade, revelar-Se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tomam participantes da natureza divina» (2).

terça-feira, 17 de julho de 2012

Catecismo da Igreja Católica - Primeira Parte: A Profissão de Fé I - O Homem é "Capaz" de Deus

Basílica de São Paulo Fora dos Muros - Roma

PRIMEIRA PARTE 
A PROFISSÃO DA FÉ


Primeira Seção - «Eu Creio» – «Nós Cremos»
 
(26 - 49)

26. Quando professamos a nossa fé, começamos por dizer: «Creio», ou «Cremos». Portanto, antes de expor a na liturgia, vivida na prática dos mandamentos e fé da Igreja, tal como é confessada no Credo, celebrada na oração, perguntemos a nós mesmos o que significa «crer». A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele Se revela e Se oferece, resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida. Comecemos, pois, por considerar esta busca do homem (capítulo primeiro): depois, a Revelação divina pela qual Deus vem ao encontro do homem (capítulo segundo); finalmente, a resposta da fé (capítulo terceiro).

Capítulo Primeiro - O Homem é «Capaz» de Deus

I. O desejo de Deus


27. O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nossa Senhora do Carmo - 16 de Julho



A festa de Nossa Senhora do Carmo prende-se intimamente à Ordem Carmelitana, cuja origem remonta aos tempos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas. A Ordem dos Carmelitas tem por propósito especial o culto da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e pretende ter origem nos tempos do profeta Elias.

Está fora de dúvida que o paganismo anti-cristão não estava sem conhecimento das promessas messiânicas. A Mãe do Salvador vemo-la preconizada pelas Sibilas, simbolizada pelas imagens de Isis e venerada nos mistérios pagãos. 

Suposto isto, causaria estranheza, se o povo de Deus, possuidor das profecias mais claras e especializadas sobre a Mãe-Virgem, a vencedora da serpente, não tivesse tido palavra, instituição nenhuma, que dissesse respeito à Mãe do Salvador. Não é a intenção de querer alegar os argumentos pró e contra desta piedosa opinião ou digamos mesmo, convicção dos religiosos Carmelitas.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Catecismo da Igreja Católica - Prólogo

Basílica de São Pedro - Vaticano

Prólogo

(1-25)

«PAI, [...] é esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo» (Jo 17, 3). «Deus, nosso Salvador [...], quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 3-4). «Não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos» (Act 4, 12), senão o nome de JESUS.

I. A vida do homem – conhecer e amar a Deus

1. Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em Si mesmo, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para o tornar participante da sua vida bem-aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte, Ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-Lo, a conhecê-Lo e a amá-Lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família que é a Igreja. Para tal, enviou o seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos. N'Ele e por Ele, chama os homens a tornarem-se, no Espírito Santo, seus filhos adotivos e, portanto, herdeiros da sua vida bem-aventurada.

2. Para que este convite se fizesse ouvir por toda a Terra, Cristo enviou os Apóstolos que escolhera, dando-lhes o mandato de anunciar o Evangelho: «Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprirem tudo quanto vos prescrevi. E eis que Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28, 19-20). Fortalecidos por esta missão, os Apóstolos «partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles confirmando a Palavra com os sinais que a acom­panhavam» (Mc 16, 20).

3. Aqueles que, com a ajuda de Deus, aceitaram o convite de Cristo e livremente Lhe responderam, foram por sua vez impelidos, pelo amor do mesmo Cristo, a anunciar por toda a parte a Boa-Nova. Este tesouro, recebido dos Apóstolos, foi fielmente guardado pelos seus sucessores. Todos os fiéis de Cristo são chamados a transmiti-lo de geração em geração, anunciando a fé, vivendo-a em partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração (1).

quarta-feira, 11 de julho de 2012

São Bento: O Varão do qual nasceu uma Civilização - 11 de Julho


Deus o chamou para ser o "grande patriarca do monaquismo ocidental". A ordem por ele fundada fez nascer das ruínas do Império Romano a cultura e a civilização européias.

O orgulhoso e outrora invicto Império Romano dissolvia-se devastado pelas hordas avassaladoras dos invasores bárbaros. Tudo cedia diante deles: exércitos, muralhas, instituições e costumes eram varridos pela maré montante dos novos dominadores.

"O navio afunda!" - exclamava São Jerônimo, que escreveu com tristeza ao receber a notícia da queda de Roma: "A minha voz se extingue; os soluços embargam-me as palavras. Está tomada a ilustre Capital do Império!"

A civilização parecia se desfazer num dramático ocaso sem esperança.

Entretanto, uma estrela luzia nessa escuridão desconcertante, indicando o verdadeiro rumo dos acontecimentos: na cidade de Hipona cercada pelos vândalos, Santo Agostinho escrevia "A Cidade de Deus", proclamando que o mundo nascido do paganismo soçobrava irremediavelmente, e a Cidade de Deus - a Santa Igreja Católica - não apenas jamais seria destruída, mas sempre triunfaria sobre qualquer adversidade.

Que meios, porém, e que homens utilizaria Deus para desse caos fazer emergir a ordem e o esplendor?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Católicos agora são maioria nos EUA

Cathedral of Saint Patrick - Archdiocese of New York

Enquanto a mídia secular está arrotando o resultado das pesquisas do nosso ultra ortodoxo e confiável IBGE sobre a queda de Católicos em terras brasileiras, nos Estados Unidos da América a situação concreta é bem diferente: na maior nação protestante do mundo agora o Catolicismo já é a maior religião cristã com mais de 68 milhões de fiéis. A maioria convertida do protestantismo.

É ótimo que os EUA estejam se convertendo rápido e "tradicionalmente". O país deles tendo protestantismo como raiz devem saber, e ter provado muitas das loucuras e venenos que traz esse tipo de crença.

Os dados:

1. The Catholic Church - 68,202,492, [ranked 1 in 2011]

2. Southern Baptist Convention - 16,136,044, [ranked 2 in 2011]

3. The United Methodist Church - 7,679,850, [ranked 3 in 2011]

4. The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - 6,157,238, [ranked 4 in 2011]

5. The Church of God in Christ - 5,499,875, [ranked 5 in 2011]

6. National Baptist Convention , U.S.A. , Inc. - 5,197,512, [ranked 6 in 2011]

7. Evangelical Lutheran Church in America - 4,274,855, [ranked 7 in 2011]

8. National Baptist Convention of America , Inc. - 3,500,000, [ranked 8 in 2011]

9. Assemblies of God  - 3,030,944, [ranked 9 in 2011]

10. Presbyterian Church (U.S.A.) - 2,675,873, [ranked 10 in 2011]


Cathedral of Saint Louis IX King of France - Archdiocese of New Orleans
Bento XVI, na sua homília no “Yankee Stadium” de Nova Iorque, lembrou que “Nesta terra de liberdade religiosa, os Católicos encontraram não só a liberdade para praticar sua fé, mas também para participar plenamente na vida civil, levando consigo suas convicções morais para a esfera pública, cooperando com seus vizinhos a forjar uma vibrante sociedade democrática.” 
 
De fato, na recém fundada federação americana, se instituiu uma realidade muito particular, podemos dizer que foi na terra estadunidense onde a Igreja Católica vivenciou maior liberdade sob um país majoritariamente protestante. 
 
Dessa forma, o clero americano pôde acolher com maior zelo os imigrantes de fé romana, principalmente vindos da Irlanda, num primeiro momento, e depois da Itália, Polônia e Alemanha, assim como sedimentar uma forte presença no país, seja através de instituições ou por meio do crescente número de vocações.

O futuro do Catolicismo nas Américas, sobretudo nos Estados Unidos, é de grande importância para a Cristandade. A Europa está espiritualmente morta e em breve será tomada pacificamente pelo Islã, pois os europeus de herança cristã não têm mais filhos, nem mesmo o suficiente para repor o declínio natural da população. Salvo um milagre, é um processo irreversível.

Da Europa se terá apenas a saudosa lembrança de um tempo cristão, que não voltará tão cedo, e que viverá talvez em pequenas ilhas isoladas, como os cristãos dos países maometanos do Oriente. Queira Nossa Senhora que aconteça um milagre e que a Europa volte a ser cristã. Talvez as profecias de Fátima se cumpram trazendo uma renovação católica no Velho Mundo. Talvez... Rezemos.

Cathedral of Saint Helena - Diocese of Helena, Montana
Em termos práticos, sem esperar pelo milagre, confiando no andar ordinário das coisas, as Américas são uma terra mais fértil para a semente do Evangelho.

O Brasil seria uma ótima terra de missão, com um povo mais dócil às verdades reveladas, com virtudes ainda inacabadas, herdadas da presença do catolicismo antes da crise pós-conciliar que devastou a vida espiritual do Ocidente. 

Os países da América Hispânica, catolicíssimos, devotíssimos de Nossa Senhora, também têm em si a potência de protagonizar o ressurgimento de uma civilização católica no Ocidente. Mas os Estados Unidos teriam um papel de cardeal importância, porque lá as instituições e os estado de espírito necessárias para isso já são uma realidade. Mesmo fortemente abalado pela crise conciliar, o catolicismo lá é mais pujante que em qualquer outra nação do Ocidente. Antes da crise conciliar essa pujança era uma coisa notável.

Só em 1955 foram 140 mil os protestantes convertidos e a população católica crescia em 1 milhão anualmente. Isso é uma coisa verdadeiramente assombrosa!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santa Paulina - 9 de Julho


Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, nasceu em Vígolo Vattaro, Trento, na Itália, aos 16 de dezembro de 1865. Foi batizada com um nome cuja sonoridade lembra algo que tem em si uma luz afável e bondosa: Amabile Lúcia ...


Na Praça de São Pedro, o Papa João Paulo II é o oficiante de uma longa, bela e concorrida cerimônia. O Vigário de Cristo afirma em sua homilia: Foi num Hospital que o seu "ser-para-os-outros" constituiu-se no pano de fundo de toda sua vida. "No serviço aos pobres e aos doentes, (essa santa) tornou-se a manifestação do Espírito Santo: consolador perfeito; doce hóspede da alma; suavíssimo refrigério".

Milhares de fiéis vindos de todo o mundo se entusiasmam: eles aplaudem, emocionam-se, dão glórias a Deus. Era um domingo de sol da primavera romana, com um céu azul, lindo. Tudo muito diferente de como viveu Amabile Lúcia Visintaimer. Enquanto religiosa, sua vida teve características semelhantes às de um interminável inverno de céu cinzento, de uma noite escura e cheia de dificuldades, sacrifícios, humilhações, incompreensões...

Naquele domingo (19 de maio de 2002) a Igreja declarava, "com pompas e circunstancias", - Urbi et Orbe - que Amabile tinha passado sua existência terrena praticando heroicamente todas as virtudes católicas. Seu modo de vida levou-a de um inverno momentâneo para a primavera sem fim; ela caminhou na noite para chegar à eterna luz; as humilhações lhe conduziram à glória. A mais alta das glórias.

Na Praça de São Pedro vivia-se uma ocasião memorável. Um dia providencialmente próprio para ser honrada e elevada às glórias dos altares aquela que, no país que a adotou como filha, foi chamada de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Aquela que agora, em todo o mundo, passava a ser conhecida como Santa Paulina.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Santa Maria Goretti - 6 de Julho


A verdadeira felicidade exige coragem e espírito de sacrifício, rejeição de todo compromisso com o mal e disposição para pagar com a própria vida a fidelidade a Deus e aos seus Mandamentos.

"Nessa tarde, em Ferriere di Conca, um maniaco sexual, aproveitando a ausência de familiares, tentou violentar uma garota de 12 anos que morava na mesma casa que ele. A menina, que se chamava Maria, reagiu às tentativas do agressor e foi morta."

Fatos semelhantes a esse tornaram-se frequentes em nossos dias. Para muitos, este ato vil e ignóbil, já tem a aparência de corriqueiro... E, considerando apenas a frequência com que acontecem e são noticiados, até que seria fácil considerá-los banais, caso neles não estivessem envolvidos aspectos tão graves e elevados como a vida humana, os bons costumes, a moral e os mandamentos da Lei de Deus.
 
A notícia que transcrevemos acima pode ser tida como mera repetição: não é! Um dos aspectos que a tornam sublime é o fato de a vítima ter se transformado em exemplo: por amor a Deus, ela enfrentou seu algoz para defender sua pureza; morreu virgem. 
 
No artigo que publicamos, você conhecerá o que leva essa notícia a não ser banal mas, sublime. Você saberá porque uma menina, há mais de cem anos, foi capaz de defender a virgindade até o martírio e tornar-se santa. Você saberá quem foi Santa Maria Goretti.

terça-feira, 3 de julho de 2012

São Tomé Apóstolo - 3 de Julho


"Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser o meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei." Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!" Disse depois a Tomé: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" Respondeu-lhe Tomé; "Meu Senhor e meu Deus! Jesus lhe disse: "Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!" (Jo 20,25-29)


Tomé, o Ascético

Chamado de Dídimo, natural da Galiléia, São Tomé foi um dos mais influentes e produtivos dentre os vários discípulos que foram para o Oriente, incluindo os Santos Bartolomeu, André, Simão e Judas. Os ensinamentos destes homens ficaram perdidos para as Igrejas do Ocidente, mas continuam atuais para as tradições ortodoxas e orientais. 

Ao contrário de Pedro e Felipe, estes Apóstolos não eram casados. O ascetismo (prática da ascese), era um importante ponto de contato espiritual entre eles e seus ouvintes orientais, que já idealizavam o ascetismo como uma medida de maestria divina.

Como seus ensinamentos foram "lembrados" e registrados, o ascetismo foi enfatizado e se tornou o ponto central. Muitas lendas e tradições destes grandes santos foram preservadas em evangelhos apócrifos dos três primeiros séculos, o que permite a recuperação de seus ensinamentos. Tomé, em particular, foi muito estimado e há evidências de que tenha viajado não só à Pérsia, mas até mesmo à Índia, provavelmente acompanhado por Bartolomeu e Judas, trazendo talvez um Evangelho Hebraico original de Matias à Índia.

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